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28 Jul 2025
PESQUISAS

Produção científica fortalece o ensino e a transformação ambiental na Unifev

Por meio da Coordenação de Pesquisa, docente une formação acadêmica, pesquisa, impacto social a temas como saneamento, recursos hídricos e educação ambiental

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ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO

A ciência como instrumento de transformação ambiental e social está presente na vida do Prof. Dr. João Victor Marques Zoccal há cerca de 15 anos. Docente em mais de dez cursos da Unifev, ele atua nas áreas de Química, Saneamento, Análises Ambientais e Toxicológicas, além de Estatística e Ciência dos Materiais. Pesquisador com ampla experiência, soma mais de 30 produções científicas e técnicas, frutos de uma trajetória pautada pelo compromisso com a sociedade e pelo incentivo aos alunos. 

Na entrevista a seguir, o professor fala sobre os caminhos que o levaram à pesquisa, os desafios do dia a dia acadêmico, os aprendizados adquiridos ao longo dos anos e destaca a função da investigação científica no ambiente universitário, apontando práticas para quem deseja ingressar nesse universo.

Como parte das ações da Coordenação de Pesquisa da Unifev, o bate-papo tem o objetivo de dar visibilidade ao trabalho de docentes que desenvolvem pesquisas e atuam na formação de novos talentos.

Pergunta: Você pode contar um pouco sobre sua trajetória como pesquisador e sua atuação na Unifev?
Resposta: Há 15 anos iniciei minha trajetória como pesquisador, durante o mestrado. Desde então, tenho desenvolvido pesquisas e orientado Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC) e Iniciações Científicas (IC). 
Sou docente na Unifev há 11 anos e, atualmente, leciono em 13 cursos de graduação, atuando nas áreas de Química, Saneamento, Análises Ambientais e Toxicológicas, Ciência e Tecnologia dos Materiais e Estatística.

Pergunta: Como tem sido sua produção científica ao longo da carreira?
Resposta: Até o momento, são 32 produções, entre artigos, resumos publicados em eventos e outras publicações técnicas.

Pergunta: O que despertou seu interesse pela pesquisa?
Resposta: Ainda na graduação, tive professores que me incentivaram a investigar temas além da sala de aula. Participar da iniciação científica foi fundamental para ampliar minha visão sobre o papel da ciência e entender como ela pode transformar a realidade.

Pergunta: Qual linha de pesquisa desenvolve atualmente? Você já participou de editais ou projetos financiados?
Resposta: Trabalho principalmente com saneamento e recursos hídricos, com foco em análises ambientais e toxicológicas. Também atuo com química forense e técnicas analíticas.
Fui bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) no mestrado e doutorado, e, mais recentemente, tive um projeto financiado pela Programa de Iniciação Científica (PIC) da Unifev.

Pergunta: Quais foram os maiores desafios nessa jornada?
Resposta: Conciliar pesquisa com outras responsabilidades exigiu que eu reorganizasse minha rotina e tivesse mais disciplina. Outro desafio foi aprender a lidar com os resultados negativos e compreender que nem toda hipótese se confirma; no começo, é frustrante, mas logo se percebe que isso também é parte essencial do processo científico.

Pergunta: O que a pesquisa mais lhe ensinou até agora, professor?
Resposta: Entender que a pesquisa é um esforço coletivo. O diálogo com outros pesquisadores e as críticas construtivas enriquecem o trabalho. Também aprendi que a ciência exige paciência e persistência. Os resultados não são imediatos e, muitas vezes, é preciso repetir experimentos, rever hipóteses ou buscar novas abordagens.

Pergunta: Um projeto de pesquisa que você tem orgulho de ter feito parte?
Resposta: Todos eles tiveram sua relevância na minha trajetória como pesquisador, mas destaco o projeto de iniciação científica “Análise da potabilidade da água do rio São José dos Dourados: avaliação do uso de agrotóxicos nas plantações de cana-de-açúcar e descarte de efluentes industriais”. Nesse trabalho, foram apresentadas evidências de níveis de contaminação desse rio tão vital para a nossa região.

Pergunta: Como você enxerga a importância da iniciação científica na graduação?
Resposta: Ela amplia a formação acadêmica. Permite ao estudante experimentar a construção do conhecimento na prática, desenvolver o pensamento crítico e a autonomia intelectual. Mesmo que ele não siga carreira acadêmica, essas habilidades são fundamentais em qualquer área.

Pergunta: Quais conselhos você daria a quem quer começar a pesquisar, mas não sabe por onde iniciar?
Resposta: Curiosidade e iniciativa. Não é preciso saber tudo, mas é importante querer aprender. Converse com professores, entre em grupos de pesquisa e fique atento aos editais. No início, é normal sentir-se perdido, e a confiança virá com o tempo.
A pesquisa é um processo, e todo mundo começa de algum lugar.

Pergunta: Defina o perfil de um bom pesquisador. 
Resposta: É preciso curiosidade, persistência, paciência e disciplina. Também é importante saber trabalhar em equipe, ouvir críticas e reconhecer que, nesse processo, o conhecimento é construído coletivamente.

Pergunta: Como a pesquisa impacta o ensino na sala de aula?
Resposta: Ela atualiza o conteúdo e transforma a prática docente. Um professor que pesquisa cria experiências de aprendizagem atualizadas e dinâmicas. Isso estimula os alunos a pensar de forma crítica e promove um ensino mais transformador.

Pergunta: Professor, quais temas ainda deseja explorar em pesquisas futuras?
Resposta: Atualmente estou iniciando um projeto de iniciação científica sobre os efeitos de poluentes em ecossistemas aquáticos e suas implicações para a saúde humana. A ideia é também abordar estratégias de educação ambiental. 

Pergunta: Tem algum(a) pesquisador(a) ou cientista que o inspira?
Resposta: Sim, admiro muito Rita Colwell, pelo trabalho na área de qualidade da água e saúde pública. E também José Galizia Tundisi pelas contribuições à gestão sustentável dos recursos hídricos no Brasil.

Pergunta: Complete a frase: "Fazer pesquisa é..."
Resposta: ... é um processo de aprendizado constante, que exige curiosidade, resiliência, paciência e criatividade.

Assessoria de Comunicação
Paula Araújo
MTb 46.145/SP
E-mail: comunicacao@unifev.edu.br