Obra, cujo lançamento será no próximo dia 18, no Sesc de São José do Rio Preto, aborda a violência urbana, questiona a fé e provoca valores sociais
O curta metragem Estocolmo, produzido pelo cineasta e docente da UNIFEV Prof. Esp. Alexandre Vinicius Estevanato acaba de conquistar o Prêmio "Nelson Seixas" de Fomento à Produção Cultural, edição 2013.
O concurso, promovido pela Secretaria de Cultura de São José do Rio Preto, premia projetos de artistas e escritores daquela cidade, nas áreas de literatura, teatro, artes visuais, dança e música.
O lançamento nacional da obra, que é o oitavo filme de Estevanato, acontece no Sesc - Rio Preto, no próximo dia 18. A entrada é gratuita e os ingressos serão distribuídos com uma hora de antecedência.
"Estocolmo traz no enredo a violência urbana a que assistimos todos os dias pela televisão, pela internet e até mesmo ao vivo, nas ruas das grandes e pequenas cidades do país," conta o professor.
Segundo Estevanato, a ideia de produzir o filme nasceu no ano 2000, após o famoso sequestro do ônibus 174, no Rio de Janeiro. "Depois disso, notei que as pessoas foram às ruas clamar por justiça e uma dúvida começou a me incomodar: por qual justiça elas estavam clamando? A partir de então, resolvi transformar todas as minhas indagações em um roteiro para cinema", explicou.
Durante a roteirização da obra, o cineasta realizou pesquisas a fim de descobrir o que realmente pensam as pessoas vítimas de violência e seus familiares.
Após as gravações, realizadas em São José do Rio Preto, durante três dias, o curta metragem seguiu para Israel, onde foi finalizado pela Dcombine, uma produtora de finalização e pós-produção de grande prestígio no cenário cinematográfico mundial. "Foi nosso primeiro material com coprodução estrangeira", ressaltou.
De acordo com o autor, o principal objetivo do filme é a participação nos grandes festivais de cinema do país e do mundo, em 2014 e 2015.
Estocolmo
A obra produzida por Estevanato faz referência à síndrome de Estocolmo, que é um estado psicológico particular em que uma pessoa, submetida a um tempo prolongado de intimidação (sequestro), passa a ter simpatia e até mesmo sentimento de amor ou amizade para com seu agressor.
A síndrome recebe esse nome por causa do famoso assalto a banco, em Estocolmo " Suécia, que durou seis dias, em agosto de 1973. Mesmo após serem libertadas, as vítimas continuaram a defender os seus raptores.